30.12.07

Pocinhos - PB

Eu não sei bem qual a minha opnião sobre cidades pequenas. Elas são.... pequenas! Todo mundo se conhece. É tudo tão limitado. Se você quiser ir pra outra cidade tem que fazer praticamente uma viagem. As casas são todas parecidas, as ruas calçadas, as pessoas sentam na praça sem medo de nada e tem moto pra todo lado. Em algumas nem sinal de celular tem. Esse é o caso daqui. Eu estou no meio da Paraíba, numa cidade chamada Pocinhos, cidade da minha mãe. Ela nasceu num vilarejo aqui perto. E ficou aqui até resolver ir pra Brasília. Aí a gente tem que vim pra cá visitar não sei quantos mil parentes dela, gente que eu nunca vi na vida e que fica "nossa, já tá uma moça ein!". Mas é isso, logo a gente vai pro litoral e é isso que me anima. Vou poder matar a saudade que eu tô do mar!

15.12.07

Títulos pra textos sem nexo também são dificílimos.

Eu nunca sei o que fazer quando a vontade de escrever é maior do que a inspiração. Sim, inspiração. Quando eu começo a escrever sem ter nenhuma idéia significa texto parado na metade. Geralmente eu pego um bloquinho que eu tenho e começo a despejar os pensamentos, pra aliviar a vontade. Só não serve pra ler esse bloco depois, é tanto assunto e pensamentos perdidos que nem eu entendo mais. Alguns até dão boas idéias depois, mas só alguns. Eu sempre tive mania de escrever, desde pequena, eu sempre me recusei a dizer que tinha diários, dizia que eram pensamentos e sentimentos escritos, mas nunca diários, credo, coisa de menininha. Escrevia quando eu sentia raiva dos meus pais por algum motivo bobo. Escrevia quando ficava triste porque o 'cara da minha vida' não queria ficar comigo. Fazia um drama danado, com tudo. Mas foi aí que eu comecei, das bobeiras do dia a dia. Hoje eu não escrevo mais em diários. Perdi a vergonha (ou um pouco dela) de mostrar o que eu escrevo pros outros. Não sinto mais medo das pessoas não gostarem, até porque se não gostarem, param de ler e pronto. Eu realmente nunca sei o que fazer quando a vontade de escrever é maior do que a inspiração. Faço textos como esse: bobos e sem importância. Desculpas a quem se prestou a lê-lo. É que eu precisava despejar umas palavras sobre qualquer coisa.

Oi. Te amo.


Ela respirou fundo, foi na direção dele, parou e lhe disse:
_ Oi. Te amo.

Ouve um silêncio assombroso. Ela continuou:
_ Ai, Meu Deus. Tudo bem, te assustei, né?! Você nem me conhece. Me nome é Rita e eu te amo. Amo há 2 meses quando te vi passando na porta do ônibus. Você estava com aquela blusa xadrez que só não é mais bonita que a verde listrada que você usa de vez em quando. Desde aquele dia tudo que eu acreditava sobre a vida, o mundo e tudo mais se dissipou. Umas cores novas começaram a aparecer, não sei explicar, mas o mundo ficou tão mais lindo. E foi ficando cada vez mais, a cada vez que eu te via na parada fazendo sinal pro motorista parar, nas segundas, quartas e sextas. Como eu descia antes nunca soube pra onde você ia, até hoje que resolvi te seguir. Enchi o peito de coragem e vim aqui te dizer que te amo. Amo seu cabelo, principalmente quando você não penteia, amo o jeito que você limpa seu óculos na blusa e amo todos os seus pares de tênis, mas em especial o All Star branco de couro que cai muito bem com a bermuda jeans. Bem, é isso, te amo. Faz um mês que eu penso em como te dizer isso sem paracer uma completa idiota. Desculpa se foi exatamente essa a impressão que você teve. Mas, de qualquer forma, toma um sorvete comigo?

Ele, encantado com o modo agressivamente doce que Rita jogou os sentimentos dela por ele, disse sem pensar em outra resposta possível:
_ Claro, Rita.

10.12.07

Gosto. Desgosto.

É tão estranho gostar.
Já gostei e desgostei e gostei de novo um milhão de vezes.
Gostei de meninos, de vários meninos. Uns mais, outros menos. Gostei cegamente na maioria das vezes. Gostei, inclusive, sem gostarem de mim. Gostei mais do que deveria gostar e até mais do que alguns mereciam.
Gostei tanto que um dia parei de gostar, assim de repente. E já não me fez mais falta, nem o desprezo de uns, nem o carinho de outros. Só restou a lembrança pra alguns, a saudade pra poucos e o esquecimento pra muitos deles.
Gostei de músicas e filmes que não têm a mínima graça hoje.
Gostei de pessoas que nem me lembro mais.
Gostei de doces, de lugares, de festas, de sonhos, de coisas, de imagens, de sons.... Gostei de coisas demais.
Mas hoje eu gosto de outras coisas, de outras pessoas em outros lugares, de outros filmes com outras músicas e outras danças.
É estranho demais gostar. Momentâneamente gostar. Essa coisa de doido, que a gente gosta e já não gosta mais. É estranho demais. Assustador demais.

7.12.07

Saudade.

Hoje a saudade foi mil vezes maior. Sem nenhum motivo especial, não por datas ou por lugares, até porque você está em todos os lugares e todos os meus dias são seus.
Hoje só de pensar em ti eu choro. O dia mais saudoso entre os 7 que já se passaram e talvez o menos entre os tantos dias que virão.
Se você soubesse como é ruim não te ter por perto, meu bem!

30.11.07

Ele, Ela e a Multidão.

Tinha uma multidão naquele lugar, era muita gente pra ver o show: Cordel do Fogo Encantado. Um show bem agitado e bastante barulhento.
Ela gostava muito da banda, achava tão legal aquele sutaque nordestino e aquela fusão perfeita de sons e culturas.
Ele conhecia pouco a banda, superficialmente, até achava legal o som dos caras, mas a verdade é que tinha ido mais por causa dela mesmo, ela gostava tanto e qualquer lugar com ela lhe parecia agradável, ou no mínimo suportável.
O som rolando, as luzes piscando, a galera toda cantando. Tinha um cara se contorcendo feito doido no meio do palco, ah sim, era o vocalista!
Ela dançava e volta e meia virava pra abraçar ele. Ele, que não era bobo, lhe lascava um beijo e ela, que não era besta, adorava.
Ela dançava e volta e meia, ops, pisava no pé dele. Ah, bobeira, ele sabia do desastre ambulante que ela era e até achava bonitinho, só não quando ela dava socos na cara dele, mas isso em outros shows, não nesse.
Volta e meia apareciam uns caras com um black power e paravam bem na frente deles, que ótimo! Mas eles saíam rapinho, a visão dali não deveria ter lhes agradado, sei lá.
E lá estavam eles, imperceptíveis no meio da multidão, tão imperceptíveis que ninguém notou que entre uma música e um abraço surgiu um sussurro: "te amo!". Um 'te amo' tão sincero e sem pretenção de ser mais que um sentimento que saiu direto da boca dele pro ouvido dela, assim em linha reta, sem nenhum desvio pelo caminho. A música ficou suave e todos desapareceram. Ela sorriu, o abraçou mais forte, o mais forte que podia, e lhe deu um beijo no pescoço.
Se pudesse ela pararia naquele momento, o revivia. Mas ela só pode relembrar e sendo assim ela relembra várias vezes que é pra sentir toda aquela sensação boa de novo e pra nunca esquecê-lo. Um momento tão lindo assim, é até pecado ser esquecido.

29.11.07

Triste Viagem

Já é noite!
Tudo que eu queria é que a noite não chegasse logo.
Logo ele vai viajar, pro Rio, pro mar.
E eu fico aqui no cerrado sem ele.
Vão ser dois meses de saudade que nem chegaram ainda e meu coração já tá miúdo e apertado.
Não posso conter o choro, tudo vai ficar meio vazio sem ele!

17.11.07

Te Amo, Vento.


É do Vento que ela mais gosta. Não da chuva, do sol, da noite, do mar, da água... De todas as coisas mais lindas que existe nesse mundo, o vento é a predileta dela. Ele faz as coisas dançarem, torna tudo leve e suave. Ele é o que mais brinca com ela, derruba seu chapéu, levanta sua sáia, faz a areia bater nas suas pernas, bagunça seu cabelo. Ele é que faz as lágrimas dela secarem, que derruba alguma coisa pela casa pra ela se distrair da tristeza. Ele que faz as folhas secas rodarem no chão, balança os lençóis no quintal e as cortinas da sala. Ele que assubia à noite, que faz aqueles sinos tocarem que é pra ela não sentir medo e lembrar que ele sempre vai tá ali para protegê-la. Por isso, ela nem gosta tanto de cidades grandes cheias de prédios, por que ali o vento quase não consegue passar. Ela gosta mesmo era de campos abertos, de praias, lá onde o vento circula, roda, sopra. Passa o dia inteiro brincando com o Vento. No final, depois de uma gargalhada e um suspiro, ela sempre diz, num tom meio apaixonado: Ai Vento, porque você não vira homem pra mim?!

14.11.07

Cansei.

Cansei das horas. E do tempo que os segundos levam para passar, tão exato e pontual.
Cansei dos momentos perfeitos que viram passado.
Cansei de sentir saudade e me conformar com ela, como se o comodismo vencesse a vontade de rever, abraçar, sorrir com alguém que me faz muita falta hoje.
Cansei dos sapatos e dos carros, da pressa do mundo, da velocidade das palavras e dos sentimentos.
Cansei das minhas cores, do preto e branco, do embaçado.
Cansei dos meus olhos e suas limitações, quando quero olhar mais longe, mas não consigo enxergar.
Cansei dos olhos dos outros e suas visões seletivas.
Cansei dos sons tão sem ritmo, tão sem balanço que se ouve por aí.
Cansei da futilidade e do desinteresse de tantos.
Cansei dos dias repetidos, da sequência dos acontecimentos. Do futuro determinado e tão "bem" delineado.
Cansei da falta de magia desse mundo.
Cansei!

8.11.07

Pra Camila.

Desde pequenas a gente brincava, conversava conversas bestas de meninas, ria uma da cara da outra, iamos pro shopping paquerar os meninos, contava todos os segredos com todos os detalhes, ligava chorando dizendo que queria morrer porque a pessoas x tinha dado um fora, inventavamos doces na cozinha, ficavamos entediadas no domingo, iamos pro jupes e adoravamos, iamos pro jupes e não aguentavamos mais, sonhavamos em morar juntas no sudoeste, pensavamos em viajar o mundo inteiro, escreviamos cartas uma pra outra e o escambal....
Tudo! Nós faziamos tudo juntas. E era bom assim.
Até o dia que ela resolveu sumir, ou sumiu sem resolver sumir, não sei. Mas foi pro lado de lá e me deixou aqui sem entender. Arranjou um namorado e hoje diz que vai casar com ele, e eu nem, ao menos, o conheço direito, nem sei se ele gosta mesmo dela, nem sei quando eles brigam e fazem as pazes.
E logo ela que me fazia juras que tudo ia durar pra sempre, que me chamava de irmã e me fazia chorar quando me abraçava. Logo ela!
Talvez ela nem perceba. Já tentei fazê-la perceber um monte de vezes. Talvez ela perceba e não liga, não sei, ela não me diz mais o que pensa. Mas eu queria que ela soubesse, mesmo se ela não se importar, que a falta que ela me faz é gigante e vazia, que eu choro de saudade as vezes e de decepção também; e que minha vida nunca vai se fechar pra ela, sempre que ela quiser aparecer eu vou dizer: Que bom, prima, que você veio!

23.10.07

Procura que você acha.

_ Procura que você acha! Não adianta nada ficar aí parado que nem um poste esperando que a vida lhe mostre onde está o que você tanto deseja. Ela não vai fazer isso por ti. Muito menos ache que o que você deseja vai chegar e dizer "oi, te achei". Você não deve ficar perdendo tempo se lamentando e perguntando se os outros viram onde está. Vá e meta a cara! Procure e faça dessa procura uma missão na tua vida. A vida é curta demais pra você ficar aí, esperando. Sabe o que acontece com as pessoas que passam a vida conformados com sua perda aguardando uma esbarrada com o que eles tanto querem, né?! Um dia eles se olham no espelho e se vêem velhos sem saber o que fizeram de importante durante toda sua vida, se lamentam por terem se arriscado pouco e...
_ Mãe! Era só um boné. Me descola uma grana que eu compro outro rapidinho, assim não perco tempo lamentando que eu o perdi, nem procurando.
_ Ah, seu muleque!

7.10.07

3ª pessoa do singular


Ela sempre andou sem ter pra onde andar. Sempre procurou sem saber o que procurar. Nunca desejou ter muita coisa, só amigos e um amor. Ela nunca soube o que fazer com a sua vida, por isso não fazia nada em especial, apenas vivia, cada momento de uma vez, prestando muita atenção nas cores, nos sons, nos cheiros, porque ela sabia que nada iria se repitir.
Respeitava seus medos, mas as vezes até tentava convencê-los, educadamente, a trocar de lugar com a coragem que era pra ela poder se arriscar um pouco mais.
Tinha horas que via o mundo como algo mágico, de tão lindo que ele se mostrava pra ela. E tinha horas que não se sentia parte do mundo, de tão feio que as pessoas o fizeram.
Se sentia sozinha algumas vezes por mês, se sentia realmente feliz algumas vezes por mês, se sentia bonita algumas vezes por mês. Poucas vezes esteve completamente satisfeita com sua vida. Mas isso não quer dizer que se achasse só, feia, infeliz ou insatisfeita. Isso variava de dia pra dia.
Procurava não planejar demais ou definir as coisas. Isso pra não criar tanta expectativa nem decepções. E pra que as surpresas fossem realmente surpresas, que graça teria se tudo na vida fosse planejado?
É assim que ela é. Querendo ou não. Gostando ou não.

26.9.07

Estranhamente comum.

Minha casa é esquisita por ser comum demais. Tenho pais casados à 23 anos, 2 irmãos, mas só um mora aqui, o outro casou. É uma casa grande, com jardim e piscina. Temos 2 cachorras, um pássaro e uma tartaruga. Uma cachorra late, a outra uiva e olha que ela nem liga se é noite e muito menos se a Lua tá cheia. O pássaro canta, deve pensar que é feliz, coitado, não sabe nem pra que servem as asas deles. E a tartaruga é até bem rápida pra uma tartaruga.
Meu pai trabalha, minha mãe cuida da casa. Meu pai chega, minha mãe quer sair, meu pai quer descançar, minha mãe quer passear. É, eles são bem diferentes. Meu pai é um cara tranquilo, estudou muito pra conseguir o que tem. Minha mãe é inquieta, ela cuida mais da casa do que de si.
Sou a única filha, não sei se é sorte ou azar. Meu irmão mais velho é um cara inteligente, só não foi muito quando antecipou a chegada de um filho na vida dele, mas é sortudo também, até agora deu tudo certo e tudo indica que a família dele vai ser muito feliz ainda. Meu irmão mais novo tem 15 anos, isso já diz tudo! Anda revoltado que só, ô idadezinha complicada, Meu Deus! Eu sou a do meio. Nunca dei problema pros meus pais, pena eles insistirem em não ver isso!
Nunca tivemos grandes crises aqui. Nunca ninguém fugiu de casa ou teve outro amante. Almoçamos juntos, dizemos bom dia e boa noite, nos fins de semana a gente faz churrasco e toma banho de piscina...
Bom ou ruim, somos assim. E pra mim isso não é estranho, até acho comum sermos esquisitos assim!

7.9.07

Tudo é (ou deveria ser) tão simples.

Essa vida é tão cheia de futilidades. Tantas coisas te levam a ser um bitolado, alienado com coisas pequenas perto da imensidão de coisas realmente boas desse mundo.
Eu prefiro simplificar o mundo, embelezar meus motivos de vida. Vai que a vida é mesmo isso, apenas isso; vai que Deus só queria que a gente sentisse todas as sensações boas que se pode sentir nesse lugar. Pra mim, é um bom motivo: uma chuva fininha, um passarinho piando, uma cortina ao vento, o som do mar, um pôr-do-Sol, um céu colorido, um amigo de verdade, um beijo de mãe, borboletas no estômago, a voz de quem você ama entrando pelo seu ouvido e causando um furacão de emoções aí dentro.
E por aí vai, milhões de milhões de coisas boas pra se sentir, a todo momento, é só olhar pro lado, é só se desligar um pouco desse bombardeio de falsas necessidades que criamos para engrandecer nossa exintência.
Esquecemos que somos simples e complicamos tudo, só não sei porque.

16.7.07

Existimos! A que será que se destina?

Eu sinto. Tu sentes. Ele sente. Todos sentimos!
Sentimos tanto tantos sentimentos. Alguns bons, outros que dá até vontade de arrancar do coração.
Mas o rebuliço que cada um desses sentimentos causa aqui na gente não é fácil de explicar.
E as razões por sentí-los vem de um dia de sol até um beijo de quem você tanto ama.
Existimos para sentir, inventamos tantos outros motivos que esquecemos de sentir.Você deve dar importância aos seus sentimentos.
Você simplismente é o que você sente!

29.6.07

Dias nada bons.

Tem dias que vc acorda achando que tudo está bem, mas quando você retoma sua completa consciência percebe que nada está como devia estar. As roupas estão jogadas no chão, o quarto está frio e a casa em silêncio. Ai você lembra que foi durmir com uma angústia e acabou tendo um sonho esquisito, portanto a angústia continua. Lava o rosto e pensa ''porque mesmo eu levantei?''. Tira força de um pão mucho com café com leite e inaugura o dia.
Dias assim tem 80% de chance de não ser um bom dia. Mas como cada momento é precioso e você não quer se render ao vazio desse dia, você se esforça pra dar sorrisos fingindo que está tudo bem até realmente se convencer disso. Talvez o dia melhore, talvez não.
É meu amigo, nem todos os dias têm que ser bons.

19.6.07

Deixe estar.

-Quando foi mesmo a última vez que você disse que me ama?

-Por que essa pergunta? Você nunca respondia quando eu dizia que te amava.

-Amava? Então quer dizer que não ama mais?

-Não foi isso que eu quis dizer. Só quis dizer que quando eu dizia...

-Você não respondeu, não me ama mais?

-Não sei mais se o que eu sinto por você é questão de amor.

-E é questão de que se não for de amor?

-O que você sente por mim mesmo?

-Não tente virar a mesa, estamos falando do que você sente por mim.

-Não tô tentando virar a mesa, é só que depois de me cansar de amar você, eu resolvi sentir por você o que você sente por mim e só, nada mais.

-Então o que você sente por mim?

-Me diz você, por que eu não faço a mínima idéia. Você nunca me disse o que você sente por mim durante todo esse tempo que a gente tem essa relação indefinida.

-Como assim relação indefinida?

-Uai, indefinida. A gente é mais que amigo, menos que namorado. Eu, particularmente, não faço idéia de qual é o nome dessa nossa relação.

-Então vamos criar um nome pra ela.

-Lá vem você com essa mania de inventar coisas.

-E lá vem você com essa mania de levar tudo tão a sério.

-Olha cara, essa conversa tá chata, vamos deixar nosso relacionamento indefinido como está, que tá bom.

-Também acho, então vem aqui e me dá logo um beijo, mulhé!

O maior gostar de todo.

Antes de tudo ela gosta de gostar.
Gosta do gosto do chocolate e de sentir ele derretendo na sua boca.
Gosta do vento bagunçando seu cabelo e da velocidade, embora tenha um medinho dela.
Gosta de observar as pessoas e imaginar o que elas pensam.
Gosta de pensar que nunca está sozinha pois a Lua sempre tá lá em cima lhe fazendo companhia.
Gosta de se sentir bem mesmo quando o dia não foi bom.
Gosta de pensar que é bonita embora muitas vezes discorde de si própria.
Gosta de abraços, mas daqueles bem apertados e verdadeiros, porque dos abraços frouxos ela não gosta não.
Gosta de dar estrelinhas e depois ver vagalumes voando ao redor dela.
Gosta de cheiros, mas tem um cheiro em especial que faz o gostar dela perder o juízo, é o cheiro dele, é um cheiro que faz o coração dela disparar e que causa uma calma daquelas de verão. É um cheiro que ela nunca esquece, mas que sempre parece novo. É o cheiro dele, é o cheiro de uma amor tão verdadeiro que as vezes parece irreal.

18.6.07

Depois de um ano e sete meses.

Depois de um ano e sete meses as coisas são bem diferentes. Eu olho pra ele e ele entende. Eu toco nele e ele entende. Eu fico sorrindo pra ele e ele entende.
No começo era bom, era tudo novo e tinha aquela sensação de aventura. Mas depois de um ano e oito meses é tão melhor, a gente se olha e vê mais do que é visível a qualquer um, a gente vê história , vê futuro.
É uma paz, uma segurança. A coisa é mais séria. Um faz parte do outro. Um vira parte do outro.
É difícil ver graça na vida que eu levava antes dele. E hoje é impossível pensar no futuro sem ele.
1 ano e 7 meses,
pra sempre.

14.6.07

O lado de lá?

Nunca mais ele havia visto os olhos dela olhando pra ele. Há algum tempo que ela só desviava o olhar. Quando conversavam ela costumava olhar pro chão, pro lado, pro nada, mas nunca pra ele. Isso o deixava tão preocupado, mas nunca perguntava pra ela o porque disso por medo de dar brecha pra ela dizer o motivo e acabar com tudo que eles haviam vivido até então.
Egoísmo? Que seja, ele a amava e achava que ela deveria amá-lo pra sempre. Pensava que isso era fase, que já ia passar, coisa boba de mulher, devia ser tpm, sei lá. Mas tpm de meses? Ele tentava e tentava fingir que estava tudo bem, mas não estava. O sorriso dela não era mais o mesmo, era falso, fingido, forçado. O entusiasmo também já havia mudado...
De repente, a agenda dela. Ela tinha esquecido na casa dele. Talvez se ele desse uma foleada encontrasse algo sobre o que ela estava sentindo. E foleou, encontrou. Tinha um texto: "Ele me enoja, não suporto mais olhar pra ele. Não aguento mais a cara dele de 'me perdoe, mas ela era linda'. Traição! Tá aih uma coisa que não aguentei. Já aceitei o maxismo dele e aprendi a lidar com o aquele egoísmo ridículo, mas traição, essa não desce pela garganta. Agora ele só me embrulha o estômago e ter que beijá-lo então... Aquele egoísta! Finge que não percebe o meu despreso, finge que não percebe o quanto eu fujo dele. Não quero mais isso, não sei quanto hipocrisía mais eu aguento." Foi como um tapa na cara. Se bem que um tapa seria até menos vergonhoso. Pensava porque ela ainda o odiava por isso, ele tinha pedido desculpas, mandado flores, se justificou que estava bêbado e fora de si, porque ela não o tinha perdoado? Não entedia o lado dela.
Não era tpm. Não passaria tão cedo. Talvez devesse conversar com ela, mas estava com o orgulho muito ferido pra isso. Resolveu deixá-la ir. Não suportaria ficar perto dela sabendo do nojo que ela sentia. Disse adeus e só.

6.6.07

50% meu pra cada um deles.


Eu não sou a filha que minha mãe queria que eu fosse. Na verdade, acho que nem chego perto disso. Até hoje eu não consegui ser a pessoa que eu queria ser, quanto mais a filha que ela queria pra ela.

Eu nem sei direito quem minha mãe queira que eu fosse. E procuro nem pensar nisso, porque tenho a leve impressão que a filha querida que eu seria pra ela é o oposto da pessoa que eu quero ser. Tem coisas que a gente concorda, mas tem muitas coisas, e coisas importantes, que a gente discorda e nenhuma abre mão de opniões pra agradar a outra, definitivamente não.

Mas, apesar de sermos tão diferentes assim, tem coisas em mim que são cópias da minha mãe. Desde pequena eu nunca quis ser igual a minha mãe, não por não gostar dela, eu a amo, mas tem atitudes e opiniões dela que me irritam e eu tento me afastar o máximo das possíveis semelhanças que possamos ter. Mas o inevitável acontece. Quem me olha, já vê que sou filha dela.

Eu sempre quis parecer com meu pai, pensar como meu pai, ter a calma e os olhos do meu pai. E em muitas coisas eu me pareço com ele.

Na verdade, eu acho que tenho mais dos meus pais do que eu imagino. Querendo ou não, é assim.

23.5.07

Palavras ao vento

Acaso. Destino. Sorte. Caminhos. Escolhas. Buscas. Começo. Meio. Fim. Pessoas. Lugares. Tempo. Horas. Minutos. Momentos. Perdas. Vida. Ar. Som. Mar. Insanidade. Encontros. Pares. Amanhã...

16.5.07

só.

Eu tenho que assumir: perdi amigos.
Praticamente todos.
Perdi contato, perderam o interesse por mim.
Não que eu lamente, a culpa foi minha mesmo, desde sempre.

8.5.07

O Amor Dele.

Pra ele, o sol demora a nascer quando não está com ela. Pra ele, o mundo só gira por causa dela, porque ele não vê outro motivo pra isso acontecer se não for por ela, ora essa. Ele acha que o mundo não seria mundo se ela não existisse. Ele sabe que quando ela tá feliz o dia é de sol, mas quando ela chora, chove. E que quando chove e faz sol é porque ele conseguiu encher os ouvidos dela de coisas bonitas e ela acaba chorando de felicidade. Ele adora tudo no mundo, adora pensar que cada flor e cada passarinho só existe por causa dela. E quando olha pra ela, ele vê toda a poesia que o mundo fez baseando-se nela. Ele sabe que o amor que ele sente por ela e o que ela sente por ele é abençoado por Deus. Ele vê isso no céu, nas flores. Ele sabe. Ele sente.

O Amor Dela.

Pra ela, estar com ele é o cume da felicidade. Pra ela, a felicidade já tinha lhe encotrado e por ela nada mais precisa acontecer, pois tudo que ela precisa, tudo que ela quer, ela já possui, ela possui o amor dele e isso lhe basta. Ela acredita que o acaso é seu amigo, que a sorte é sua irmã. Ela tenta, jura que tenta entender porque logo ela foi escolhida pela D. Felicidade. Mas não passa muito tempo pensando nisso não que é pra não peder nenhum segundo com ele. Quando ela olha pra ele é como se todo o resto do mundo sumisse, como se nada mais existisse. E pra ela pouca diferença faz o resto do mundo, a única coisa que ela quer é ele. E ela sabe que amor assim é abençoado por Deus, ela já leu nos livros, ela sabe, ela sente.

25.4.07

Dia fantasma

Hoje nada do que eu enxergo me parece real. Nenhuma certeza me parece certa. Hoje eu preferia que fosse outro dia. Hoje eu preferia ser outra pessoa, preferia estar em outro lugar e chorar por outros motivos. Nada do que eu quero, do que me parece ideal, existe. Não existe vontade. Não existe coragem. Não existe nada.

24.4.07

Prisão de medo

Parecia uma gaiola, mas não podia ser, como ela havia chegado ali? Dormindo? Não, nem sonâmbula ela era. Mas parecia uma gaiola, era cheia de grades pra todos os lados. Ela sentia medo, medo de que jamais conseguisse sair dali.
Dias passavam, sempre havia um prato de comida e uma cama pra durmir, havia uma tv e um computador, através dele ela conversava com os amigos, mas nunca lhes dizia que estava presa por medo de quem a prendeu descobrir e castigá-la por isso! Jamais se atrevia a chegar pesto das grades, pensava em mil coisas que poderiam acontecer caso ela fizesse isso.
Assim manteve-se durante dias, semanas, meses: quieta e conformada. Achava que um dia alguém perceberia sua falta e lhe salvaria daquela jaula.
Até que um dia ela acordou e chorou, gritou, não queria continuar naquele lugar e sabia que ninguém a salvaria. Num surto de desespero (ou inteligência) foi até a grade e tocando-a viu ela era feita de papel, ela não sabia se ria de si mesma ou se chorava pela sua falta de corangem, pra não perder tempo não fez nenhum dos dois, apenas correu. Tanto tempo presa e foi tão fácil se soltar.
Assim ela saiu daquela gaiola, assim ela conseguiu voar, e desde então nunca lhe faltou coragem.

21.4.07

47 Brasílias diferente.

Por aqui as pessoas são má educadas. As pessoas são ricas, as pessoas são pobres. Aqui há moradores de ruas, eles vivem do lixo que uns moradores de casa mal educados jogam na ruas. Aqui tem político ladrão, tem obras inacabadas e cheiro de corrupção. Tem muitos buracos no asfalto e viaduto pra todo lado. Aqui tem gente que rouba, tem gente que mata, tem gente que morre. Aqui tem preconceito. Tem incêndio. Faz frio e calor. Aqui, aí, aliás, em qualquer lugar! Mas tem coisas que só aqui se pode encontrar... Tem criança, tem sorriso. Tem um céu único, mais bonito que o mar. Tem verde, tem amarelo. Tem vento, chuva e sol, e tudo em menos de 24 horas. Aqui cada obra é uma escultura, cada cabeça um mundo. Tem cigarras e pistas de seis faixas. Aqui tem ipê mais amarelo do que em qualquer lugar. Aqui tem perdão, tem caridade. Tem jovem, tem velho. Aqui tem história, 47 anos de histórias, histórias felizes e tristes. Aqui tem Brasília. E eu tenho ela com orgulho e uma pitada de indignação.

3.3.07

Deixe-me ir, preciso andar.

Eu quero andar com minhas próprias perna, pra algum lugar onde eu mesma escolhi.

28.2.07

levemente livre.

Hoje eu não me atrevo.
Vou me jogar, me livrar, me elevar.
Hoje me sinto livre, levemente livre.
Hoje vou correr, vou pular, vou dançar.
Mas hoje eu não me atrevo a entristecer.
Hoje o sol brilha, como ontem, como sempre.
Mas hoje eu parei pra olhar, e contemplei, e adorei.
E hoje eu não me atrevo,
Porque hoje eu quero viver.

24.2.07

Um sonho.

Ela tinha um sonho,
um sonho complicado de realizar.
Não era simplismente uma vontade,
vontade ela tinha aos montes e essas eram fáceis de conseguir ou de esquecer.
Ela tinha um sonho,
um sonho desse que quando a gente olha acha até brincadeira.
Mas era verdade, era seu maior desejo.
E simples ou não, ela estava certa de que iria realizá-lo.

22.2.07

Eu sei que é difício...

Mas tenta, amigo!
E bons sonhos.

21.2.07

Como vai a vida, amigo?

Como vai a vida, amigo? Há bastante tempo que a gente não se fala, já não sei nem se essa palavra serve para nós. Você era sonho, era filme francês, daqueles que a gente até suspira no final. Pena que o nosso final não foi bunito, mas como foi bunito a época de estar. Você era belo, era mocinho, mas de repente virou vilão, daqueles que roubam o coração da moça e depois o joga ao chão. Daquele que engana e desengana entre o início e o final. Foi uma pena ter doído tanto, logo uma coisa tão bunita dessas que quando se olha já se vê que é amor. Você foi vendaval, amigo, daqueles que nem se vê passar, que vem bagunça tudo e vai ser nem avisar. Por isso eu me pergunto, como vai a vida, amigo? Porque essas lembranças que tenho aqui já me parecem velhas demais.

5.2.07

Dias à 180km/h

Os dias tão passando pela minha vida e eu não faço idéia do que fazer com eles.
Têm sido vazios demais, ou cheios de nada [como quiser].
Pq os dias não podem parar comigo, dar uma pausa, e quando eu souber o que fazer eles voltariam a passar, mas comigo junto?
É umas pena, assim eles não passariam em vão.

2.2.07

...

Eh constante a minha vinda aki, eu venho escrevo um monte de coisa e apago. Aí acabo desistindo de postar. Tudo bem que ninguém vai ler, mas sei lá, eu costumo ter receio de escrever besteira. Enfim, resolvi escrever, mesmo que não valha de nada ler o que foi escrito.

29.1.07

Por onde, meu Deus?

Todo mundo parece tão decidido e direcionado nesse mundo de meu Deus e eu não faço a mínima idéia do que fazer, pra onde ir...
Talvez eles só sigam seus sapatos e acham que sabem exatamente o caminho certo.
Eu?
Eu prefiro ir ao sabor do acaso, quando achar que é hora eu pego uma carona com o vento que vai pro norte.

22.1.07

O que vale a pena?

Em dias meio vazios voce acaba parando pra pensar sobre muitas coisas. E mesmo que grande [quase toda] parcela do que vc pensa seja bobeira, sempre aparece algo em que vc precisava realmente pensar. Como por exemplo: quem realmente vale a pena?