31.7.11

Do pai.


Geralmente, os pais é que costumam ter orgulho dos filhos.
No meu caso, morro de orgulho do meu pai.

Parabéns, meu velho!

26.7.11

Amanheci com 22.



*Texto escrito ontem, dia 25 de julho, às 23h20.

O dia nasceu nublado. Torci para que chovesse. Seria um modo de atribuir importância à data. Em meio a seca, uma chuva. Todos comemorariam. Assim, poderia fingir que era por minha causa.

Há algum tempo, deixei, ou tentei deixar, de atribuir tanta importância ao meu aniversário. Não sei se era excesso de expectativa, mas sempre acabava triste no fim do dia. As vezes, é decepcionante esperar tanto das coisas, principalmente das pessoas.

Hoje, espero dias simples. Mas confesso que ainda me desanimo quando se torna um dia comum. "O de sempre" não combina com um dia que tem mais status do que outros.

No entanto, acho que agora, no alto dos meus 22 anos, comecei a perceber a importância do aniversário. São as sutilezas. Hoje, por exemplo, foi o abraço matinal da minha mãe, coisa que nunca ocorre. O reconhecimento das minhas conquistas que meu pai esquece de demonstrar no dia a dia. As cartas que dizem coisas que eu adoro reler e aquelas que revelam o que eu nem imaginava. As demonstrações públicas de carinho. A aparição daqueles que estavam um tanto desaparecidos. A delicadeza dos presentes, sempre revela a visão dos outros sobre mim. São os detalhes. No dia do meu aniversário, os detalhes é que dão o tom de um dia especial.

O dia amanheceu nublado, mas, no fim,  não choveu. Tanto faz. Normalmente, o céu cinza me entristece. Hoje não. Amanheci feliz para um novo ano. Amanheci socessada. Amanheci com 22.

21.7.11

Só.



Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança. Invento estorinhas para mim mesmo, o tempo todo, me conformo, me dou força. Mas a sensação de estar sozinho não me larga. Algumas paranóias, mas nada de grave. O que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação, esse contentar-se com quase nada. Estou todo sensível, as coisas me comovem.





- Caio Fernando Abreu

19.7.11

Música livre na internet

Faz quase um mês que apresentei minha monografia (tudo isso!). Desde que comecei a fazê-la pensei em deixá-la acessível a todos. Até porque acumular conhecimento e não distribuí-lo me parece burrice. Então, aí está o resultado de meses de pesquisa.

A mono trata sobre a revolução que a internet causou no meio cultural. As novas mídias criam novas possibilidades de acesso à cultura. Para muitos artistas, é a chance de existir no mercado musical. A era dos grandes sucessos declina e dá espaço às pequenas iniciativas. A pesquisa mostra como os artistas e a indústria fonográfica se comportam diante das mudanças. O grupo multicultural O Teatro Mágico é um exemplo de iniciativa que cresceu utilizando a web como ferramenta principal. Sempre com o discurso de democratização da cultura, disponibilizam músicas gratuitamente na rede.

Se você gosta de música, gosta de internet e acredita na potencialidade desses dois elementos, vai gostar do estudo. É bem acessível. E, modéstia à parte, interessante também! Aproveite!


15.7.11

Hoje eu acordei mais cedo.

Engraçado como a vida faz as coisas com tanto cuidado.
Me tirou algo pra dar uma coisa bem melhor depois.
Eu entrei no carro e tocou Ilex Paraguariensis, do Engenheiros do Hawaii.
No meio da música, senti que minha vida estava com trilha sonora modo on.

"Já vivi tanta coisa, tenho tantas a viver
Tô no meio da estrada e nenhuma derrota vai me vencer
Hoje eu acordei livre: não devo nada a ninguém
Não há nada que me prenda"

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- Jéssica.
Me chamaram para conversar, falaram sem falar nada, e eu já tinha entendido tudo.
Já não tinha lugar lá. Apesar disso, eu tinha planos para fora dali. A tristeza do momento virou alegria 15 minutos depois. Fui embora leve.

"Nunca me deram mole, não (melhor assim)
Não sou a fim de pactuar (sai pra lá)"


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- Jéssica Raphaela.
Me chamou. Eu sorri. Havia umas 15 pessoas ou mais. Eram três vagas. Foi o meu nome que ele sorteou.
- Você vai ter que me aguentar agora.
Respondi que seria um prazer. Ele vai me ensinar a tocar flauta. Como isso não seria prazeroso? Felicidade veio a tona.

"Hoje eu acordei, agora eu sei viver no escuro
Até que a chama se acenda"

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Acordei para a vida às 14 horas. E a música tocava no carro. Eu agradecia a Deus. Ele deve ter algo muito bonito para mim. Eu sinto isso.

"Se pensam que tenho as mãos vazias e frias (melhor assim)
Se pensam que as minhas mãos estão presas (surpresa)"