25.7.12

Dia do Escritor.




Dia 25 de julho é dia do escritor. Foi bem nesse dia, há 23 anos, que minha mãe correu pro hospital sentindo dores que eu nem imagino como são para me parir. Foi assim, de repente eu vim a ao mundo. Deus deve ter me dado opções de dia, e eu escolhi o Dia do Escritor. Me pareceu uma boa data.

Incrivelmente, neste ano não tive crise pré-aniversário. Verdade que sentirei falta dos 22, já que nunca uma idade me soou tão par, tão completa. Mas não me senti velha, ou, se senti, isso não me doeu. Estive preocupada com outras coisas. Feliz com o trabalho novo, com a família por perto, com o carinho dos amigos. Triste com o fim de um namoro de quase 7 anos (e só de escrever, meu olhos se apertam). É bom ver que a vida está acontecendo, meio cruel, às vezes, meio violenta, mas suave também, como o vento balança a copa das árvores e faz aquele som delicioso de ouvir.

Hoje é dia 25 de julho. O dia me inspira vida, tudo por conta de vocês. É a serenata dos irmãos na porta do quarto à meia noite; é a ligação dos pais que estão longe; é a voz da avó que fica trêmula na ligação; é o almoço delicioso em baixo de árvores com os primos; é o ‘eu li amo’ dito pela prima na rodoviária; é o abraço gostoso dos amigos do trabalho (seguido de um monte de chocolate); é a visita inesperada enfeitada de perfume no fim do expediente; são as ligações, as mensagens, a energia positiva direcionada a mim, o “tudo de bom” dito várias vezes na minha timeline.

Por isso, queridos, gasto a última meia hora do Dia do Escritor para escrever pra vocês. Obrigada por serem uns lindos, por enfeitarem minha vida e por estamparem sorrisos no meu rosto.

Sim, que venham os próximos anos. E sim, que “tudo de bom” aconteça da minha vida (puxa! É muita coisa boa). Fiquem sabendo que essas coisas só terão graça com vocês por perto!

Com amor, Jéssica.


PS: É Dia do Motorista também, o que diz muito sobre o fato de eu ser quase uma pilota (essa palavra existe?). Além disso, é Dia do Trabalhador Rural, o que não faz o menor sentido e não acrescenta nada a esse texto.

23.7.12

Ímpar.


Img_5637-002_largeNão sou mais o seu par. Suas mãos enlaçam outra cintura que não a minha. Seus pés guiam passos de outro alguém. Um corpo desconhecido rodopia ao redor de ti.

Não estamos mais no mesmo salão. A música que ouvimos são diferentes.

E se hoje você dança com outra, meus passos guio sozinha, num ritmo novo, desconhecido e delicioso. Às vezes, tropeço nos meus próprios pés. Mas se caio, me levanto e tento o passo mais uma vez, e de novo, e de novo.

Danço na casa vazia, em frente ao espelho, no meio da sala. No salão cheio. Danço como quem flutua, num balé errado, seguindo o ritmo que a vida me deu.

Já consigo dançar sem par. Sou ímpar. Tão ímpar que, você sabe, passos como os meus você não encontrará nos pés de mais ninguém.

21.7.12

Meu luto.

Acontece volta e meia. Estou bem triste, mas por um segundo veloz algo me distrai. Dou uma risada de leve, quase sem querer. Imediatamente, me vem uma tristeza pesada que diz "porque diabos você está sorrindo? Não tem motivos pra isso". Me recolho ao meu lugar. Meu luto. Minha dor. Espero que passe. Espero.

18.7.12

Nêga, Nêga, Neguinha.


É tão fácil amar a vida quando penso em você. Dos momentos mais felizes aos mais árduos, lá está você, do meu lado. A sorte é que caímos na mesma família. Mas a verdade é que, mesmo se não fosse o sangue, faria questão de te manter por perto. Você é o tipo de pessoa que dá razão a minha existência. E, Meu Deus, como agradeço pela sua existência, Mila.

Hoje é um dia especial. Você faz 22. Só isso já é motivo para celebrar! Mas tenho que te lembrar que há outro aniversário sendo comemorado hoje também: nossa amizade. Ela completa 22. Não lembro o dia que te conheci, mas sei que hoje te conheço como poucos. E você a mim. Você me lê de olhos fechados.

Obrigado, prima, por existir. Obrigada, amiga, por me entender. Obrigada, irmã, por não me deixar sozinha nesse mudo. Eu amo você, Neguinha! Um dia a gente disse que isso era pra sempre. E será! Nosso pacto de sangue foi feito antes mesmo da gente existir!

Feliz aniversário, minha linda!

11.7.12

Doce amargo.

Foi até a cozinha e preparou um chocolate quente com biscoitos.
Se a vida tinha que continuar, mesmo com tanta tristeza, que ao menos o gosto fosse doce.