8.11.07

Pra Camila.

Desde pequenas a gente brincava, conversava conversas bestas de meninas, ria uma da cara da outra, iamos pro shopping paquerar os meninos, contava todos os segredos com todos os detalhes, ligava chorando dizendo que queria morrer porque a pessoas x tinha dado um fora, inventavamos doces na cozinha, ficavamos entediadas no domingo, iamos pro jupes e adoravamos, iamos pro jupes e não aguentavamos mais, sonhavamos em morar juntas no sudoeste, pensavamos em viajar o mundo inteiro, escreviamos cartas uma pra outra e o escambal....
Tudo! Nós faziamos tudo juntas. E era bom assim.
Até o dia que ela resolveu sumir, ou sumiu sem resolver sumir, não sei. Mas foi pro lado de lá e me deixou aqui sem entender. Arranjou um namorado e hoje diz que vai casar com ele, e eu nem, ao menos, o conheço direito, nem sei se ele gosta mesmo dela, nem sei quando eles brigam e fazem as pazes.
E logo ela que me fazia juras que tudo ia durar pra sempre, que me chamava de irmã e me fazia chorar quando me abraçava. Logo ela!
Talvez ela nem perceba. Já tentei fazê-la perceber um monte de vezes. Talvez ela perceba e não liga, não sei, ela não me diz mais o que pensa. Mas eu queria que ela soubesse, mesmo se ela não se importar, que a falta que ela me faz é gigante e vazia, que eu choro de saudade as vezes e de decepção também; e que minha vida nunca vai se fechar pra ela, sempre que ela quiser aparecer eu vou dizer: Que bom, prima, que você veio!

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