17.11.07

Te Amo, Vento.


É do Vento que ela mais gosta. Não da chuva, do sol, da noite, do mar, da água... De todas as coisas mais lindas que existe nesse mundo, o vento é a predileta dela. Ele faz as coisas dançarem, torna tudo leve e suave. Ele é o que mais brinca com ela, derruba seu chapéu, levanta sua sáia, faz a areia bater nas suas pernas, bagunça seu cabelo. Ele é que faz as lágrimas dela secarem, que derruba alguma coisa pela casa pra ela se distrair da tristeza. Ele que faz as folhas secas rodarem no chão, balança os lençóis no quintal e as cortinas da sala. Ele que assubia à noite, que faz aqueles sinos tocarem que é pra ela não sentir medo e lembrar que ele sempre vai tá ali para protegê-la. Por isso, ela nem gosta tanto de cidades grandes cheias de prédios, por que ali o vento quase não consegue passar. Ela gosta mesmo era de campos abertos, de praias, lá onde o vento circula, roda, sopra. Passa o dia inteiro brincando com o Vento. No final, depois de uma gargalhada e um suspiro, ela sempre diz, num tom meio apaixonado: Ai Vento, porque você não vira homem pra mim?!

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