23.7.13

Re(encanto)

Fiquei sem rumo. Morri. Não há mais o que dizer. Eu morri, teve velório, vela e muito choro. Aqui, porém, renasço. Começo do zero em um mundo que não existe você. É difícil, pois a memória ainda persiste. As lembranças são fortes, são vivas e tão intensas ainda. Como aquelas pessoas que perdem uma perna, mas continuam sentindo dor, cócegas... Você é meu membro fantasma, meu coração.

É aqui que busco novos significados. Com você tudo era mágico, tudo tinha um porquê, era um desatino só, o coração flutuava. Perdi isso quando a gente disse adeus um ao outro. Aquele adeus até o dia seguinte, o momento seguinte, o futuro ali na frente. O adeus de mentirinha que matou a gente. Eu travei. Que boba. Agora sei que a vida não tem graça sem esse encanto todo, encanto que eu, até então, só me atrevia a usar com você. Agora, me liberto, amor. Renovo meus votos com a vida, me abro pra pureza dos sentimentos. Livro, enfim, meu coração.

PS: Hora dessas, paro de usar a primeira pessoa do plural. É uma promessa pra mim mesma. Eu preciso parar.

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