10.10.12

Pois é.

Pois é, não deu
Deixa assim como está sereno
Do meu lado, a pessoa que me chamava de amor. Ser chamada de ‘amor’ por alguém, saber que é verdadeiro, quanta sorte é preciso possuir na vida para se ter essa sensação? No encontro, o sentido. O sorriso incontrolável de quem sabe qual direção quer seguir. É só ir em frente, abrir os braços, dizer ‘oi, amor’.
Pois é de Deus
Tudo aquilo que não se pode ver
A acústica do teatro fazia a música arrebentar meus tímpanos. O tempo era lento, a melodia, suave. Mas por dentro, a força do som era incontrolável. Tsunami, levava os sentimentos, lavava a alma.
E ao amanhã a gente não diz
Do amor, gastei toda a sorte. Me faltou abraço. Fez frio, arrepiei.
E ao coração que teima em bater
Avisa que é de se entregar no viver
Se tudo não passou de um sonho, se a música era uma interferência externa, porque a vida me levava sempre ao mesmo ponto novamente? Sem meu amor, o mundo era frio, mas também era leve. O mundo me é leve. Coloquei uma blusa de frio e rasguei o mapa que tinha nas mãos. Segui pelas ruelas do mundo. Me entreguei à vida, amor. Mas a morte caminha por perto. “Sem mais atrás vou até onde eu conseguir”. E que assim seja.

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