12.11.11

Das reflexões de uma sexta à noite.


Chego em casa, tudo escuro. Fecho a porta do quarto, tiro a roupa e reflito sobre o dia, sobre a vida. Tanta coisa acontecendo e, ao mesmo tempo, não saio do lugar. É como naquelas cenas cinematográficas, quando o mundo se movimenta numa velocidade acelerada e o personagem, por sua vez, fica lá, parado.

Os dias voam, mas ando tão devagar no meio deles que a sensação é a de que não passam. Faço algo pela manhã de um dia qualquer e à tarde tenho a impressão de que o acontecido foi há dois dias.

O tempo nunca caminhou de forma tão irregular na minha vida, a passos largos, em câmera lenta, voando a jato...  Um verdadeiro barco à vela em alto mar, oscilando entre tempestade e calmaria, num período de 24 horas.

E assim sigo. Cama bagunçada, o violão no meu lugar de descanso, roupas no chão. Tento me encontrar nessa zona toda, mas me perco a cada minuto. A vontade é de fugir de mim. Sabe quando você fica muito tempo com uma pessoa e, de repente, não a suporta mais? Então... Tenho passado tempo demais comigo mesma. Preciso de férias, férias de mim.