Eu era completa, mas por outra pessoa. De mim mesma faltava
uma parte, um pedaço maior, um pedaço essencial. Quando ele levou embora a
parte que me mantinha inteira, fiquei perdida. Andei sem saber para onde ir. Em
partes soltas, em pedaços.
Aos poucos fui preenchendo o que faltava em mim. Coloquei
alegrias, tristezas, força, e fui construindo no espaço vazio, me apoderando de
mim. Percebi que fazia mal abrir tanto espaço em mim para outrem. Então, decidi
pensar somente em mim.
Só vi o equívoco depois de um tempo. Não é correta uma
atitude tão egoísta. Eu tenho que estar completa de mim mesma. Mas, nem por
isso devo pensar somente no que eu sinto. O que as outras pessoas sentem também
faz parte de mim. Elas me fazem.
Estou perdoando meus pecados, ajustando minha conduta,
procurando evoluir sempre. E assim sigo.