5.10.11

Do ciclo.

Antes, aperte o play.



Nossa história é cheia de movimentos cíclicos. Alguma coisa aconteceu em um determinado tempo e espaço e criou essa situação trágica na qual tudo se repete, porém cada um em uma posição diferente.

No dia 16 de abril, você ouviu uma música que te disse muita coisa sobre aquele momento. “Sentimentos íntimos colocados em verso por outra pessoa, isso costuma acontecer bastante comigo”, você escreveu. Nisso somos iguais.

Cerca de seis meses depois, após me frustrar por não receber nenhum sinal seu, reli o que você escreveu. Lá estava a canção, falando novamente sobre nós. Mas o personagem dessa vez era eu. “Pouco a pouco fui entendendo a letra, e em cada verso vinha uma situação minha”.

I still press your letters to my lips
And cherish them in parts of me that savor every kiss
I couldn't face a life without your light
But all of that was ripped apart... when you refused to fight.

Da mesma forma que você descreveu, achei incrível ouvir tudo o sinto na voz de outra pessoa. Alguém que nem imagina minha existência.

Você desaparece. Eu sofro. Mas a verdade é que nem me posso dar ao luxo de sofrer por isso mais. Você foi para longe. Não tenho o direito de saber onde está, como está. Sofro toda vez que abro a caixa de e-mail e seu nome não está lá. Sofro quando te vejo dispensar atenção com outros, quando o celular toda e não é você. Sofro por você não estar aqui. Mas sofro sem te perturbar, que é pra colocar um fim nesse ciclo idiota no qual entramos.

So if you love me, let me go
And run away before I know
My heart is just too dark to care
I can't destroy what isn't there
Deliver me into my Fate
If I'm alone I cannot hate
I don't deserve to have you...