Não estamos mais no mesmo salão. A música que ouvimos são diferentes.
E se hoje você dança com outra, meus passos guio sozinha, num ritmo novo, desconhecido e delicioso. Às vezes, tropeço nos meus próprios pés. Mas se caio, me levanto e tento o passo mais uma vez, e de novo, e de novo.
Danço na casa vazia, em frente ao espelho, no meio da sala. No salão cheio. Danço como quem flutua, num balé errado, seguindo o ritmo que a vida me deu.
Já consigo dançar sem par. Sou ímpar. Tão ímpar que, você sabe, passos como os meus você não encontrará nos pés de mais ninguém.
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