23.2.11

Das escolhas que não sei fazer.

Semana passada eu estava com uma urgência de vida. Queria que as coisas acontecessem o mais rápido possível, pra eu poder sentí-las logo. Era uma pressa, uma ansiedade. Era deitar na cama e achar que, ao fazer isso, estava perdendo tempo.
Nesta semana, a expectativa é outra: a de parar o tempo, a de fazer as coisas andarem mais devagar.

Muitas coisas aconteceram nesse último mês. Muitas coisas mesmo. Coisas inesperadas.
Joguei a moeda pra ver se era cara ou coroa, sem torcer pra nenhum lado, sem fazer aposta.
Joguei, mas até agora ela está rodando. E parece não ter pretensão nenhuma de escolher um lado.

O fato é que isso de escolher que caminho seguir pro resto da sua vida é cruel demais.
Eu sempre fui indecisa, nunca soube ao certo o que querer.
Mas dessa vez, eu quero duas coisas que não podem coexistir. Quero ser em duas situações distintas. Infelizmente, não consigo me repartir em duas.

Que responsabilidade fazer uma escolha. Nessas horas eu queria que alguém fizesse por mim. Assim, se eu me arrependesse, teria em quem colocar a culpa.