14.2.08

A Grande Farça.

Eu sempre tentei não me importar, ou parecer não me importar com as coisas.
Sempre fingi estar tudo bem. Não pra mostrar pros outros, mas pra mim mesma. Pra tudo estar em paz na minha vida. Nenhuma anormalidade. Nada fora do lugar.
Sempre fingi aceitar muito bem o fato dos meus pais terem, ou acharem que têm, um poder absoluto sobre minha liberdade.
Sempre fingi não ligar muito por ter poucos amigos, e ver os poucos se afastarem. Finjo que não dói quando eles desmarcam ou não fazem questão.
Sempre fingi não detestar o suficiente certas pessoas a ponto de não aceitar determinadas coisas.
Sempre fingi.
Fingi tanto que acreditei não me importar.
E acreditando nisso perdi uma parte de mim. Uma parte determinante que me faz querer as coisas, cuidar das coisas que quero, além de qualquer impossibilidade que exista.
Mas hoje, sei lá, eu cansei! Chega de fingir pra manter tudo bem.
Antes uma vida completamente turbulenta do que essa falsa e mentirosa harmonia.

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